Logo no início do ministério de Jesus. Sabedora do constrangimento pelo qual estava passando a família do noivo, a mãe de Jesus se aproximou do Senhor e lhe disse: ” O vinho acabou”.
Depois, aproximando-se também dos desnorteados serventes, ordenou-lhes: “Façam o que Ele mandar”. A Jesus Maria não deu ordem alguma. Apenas comunicou o fato: “Acabou o vinho”.
Aqui está um precioso modelo de oração. Embora Deus saiba de tudo o que nos ocorre, é muito saudável mencionar nas preces as diferentes situações embaraçosas que nos acontecem. quase sempre de surpresa.
Em algumas situações podemos procurar o Senhor e segredar-lhe humildemente: “Acabou o ânimo”. “Acabou o pão”, “Acabou a alegria”, “Acabou a paciência”, “Acabou a esperança”, “Acabaram os recursos”, “Acabou o amor” e assim por diante. São orações sem rodeio. Orações que mencionam o âmago do problema. Orações corajosas. Orações sinceras. Orações humildes.É uma exposição da alma, da angústia que está até então presa lá dentro. É uma confissão: “Acabou o vinho”.
Uma vez entroduzido na questão alheia, Jesus age, Jesus dá ordens, Jesus toma providências. No caso das bodas de caná, Ele mandou fazer duas coisas: “Encham de água os seis potes de pedra” e “tirem um pouco de água destes potes e levem ao dirigente da festa ” ( Jo 2:1-12).Embora fosse apenas um convidado, e não o noivo nem o pai do noivo, nem o mestre de cerimônias, nem um dos serventes, Jesus foi obedecido e a água se transformou em vinho, melhor que o anteriormente servido. Se Jesus solucionou um problema de etiqueta social, não resolveria problemas mais sérios, envolvendo as necessidades físicas, as necessidades emocionais e as necessidades morais? É preciso bem-aventurada ousadia para confessar sempre que necessário: “Acabou o vinho”!