Ministério de Louvor: Definindo Louvor e Adoração

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Temos o hábito de chamar o ministério de música como “Ministério de Louvor e Adoração”. Na verdade, colocamos juntos essas duas palavras, como que sendo um nome e um sobrenome.

Raramente paramos para pensar nas diferenças complementares entre elas. Assim, vejamos as definições:

Louvar – lit. “Barulho” – elogiar, gabar, exaltar, enaltecer, glorificar, aprovar, aplaudir, bendizer.
i. Heb. “halal” – 160 vezes no Antigo Testamento – fonte de “hallellujah”, que pode ser traduzido por “Louvado seja Yah” (Yah como abreviação de Yaweh – aquele que faz as coisas serem”)
Referências: Ed. 3:10 –11; 2 Sm 6; Salmos

Adorar – lit. “Prostrar-se” – reverenciar, venerar, amar extremosamente, idolatrar, ter grande predileção a, cultuar, curvar-se, cair com o rosto em terra, render-se.
i. Heb. “shachac” – 170 vezes no Antigo Testamento – denota prostrar-se diante de autoridades, mostrando significado cultural (Davi X Saul; Rute X Boaz; José X feixes…) É usado como forma comum de se chegar diante de Deus em adoração (Jr. 7:2).
ii. Gr. “proskuneo” – pros (na direção de) + kuneo (beijar)
Referências: Gn 22:5; 24:26, 48; Ex 4:31, 12:27, 34:8; Js 5:14; 2 Cr 29: 29-30; Ne 8:6; Jô 1:20; Sl 95:6, 132:7; Mt 2:2, 11; Mc 15:19; Jô 4:22-24; Fp 3:3; Ap 5:14, 7:11, 11:16, 14:7, 15:4, 19:4, 10, 22:8-9.

Veja um Paralelo entre LOUVOR e ADORAÇÃO:

LOUVOR: Motivado na alma por um impulso de receber do Senhor
ADORAÇÃO: Motivado no espírito por um impulso de dar ao Senhor

LOUVOR: Pode ser comunitário
ADORAÇÃO: É individual

LOUVOR: Brota das emoções
ADORAÇÃO: Brota da devoção

LOUVOR: Pelos feitos de Deus
ADORAÇÃO: Pelo que Deus é

LOUVOR: Pelos presentes de Deus
ADORAÇÃO: Pela presença de Deus

LOUVOR: É uma expressão de vida
ADORAÇÃO: É um estilo de vida

LOUVOR: É circunstancial
ADORAÇÃO: É incondicional

LOUVOR: Aprecia os feitos de Deus
ADORAÇÃO: Vive para Deus

LOUVOR: Pode ser distante
ADORAÇÃO: Só ocorre na presença

LOUVOR: É mais exuberante, enérgico, movimentado, barulhento, com mais palavras
ADORAÇÃO: É mais sóbrio, com menos movimentos, menos palavras, inclinando-se a cânticos espirituais e silêncio

Não devemos nos equivocar que é mais espiritual adorar, pois o que aprendemos é que ambos se complementam. Assim, devemos ter a liberdade de louvar com expressões espontâneas, enérgicas ao mesmo tempo de adorar com cânticos mais contemplativos.

Na verdade, a Bíblia nos indica que existem várias expressões de louvor e de adoração, tais como através da oração, cânticos, confissão, ofertório, artes em geral, pregação, ceia, batismo e do próprio exercício do ministério.

Não importa o exterior, sejam mãos levantadas, prostrando-se ou com júbilo. Deus olha o coração, pois diz que um coração contrito não desprezará.

Veja abaixo mais referências bíblicas:

Com mãos levantadas – Sl 63:4, 77:2, 134:2, 141:2; 1Tm 2:8; Hb 12:12

Com júbilo – Sl 27:6, 35:27, 47:1, 81: 1, 2, 89:15, 95:1, 98:4, 107:22, 118:15, 132:16; 1 Sm 18:6, 7; Ex 15:21; Ne 12:43

Prostrando-se – Gn 17:3; Ez 43:3; Ap 4:10; Lv 9:24; Dt 9:25; Sl 95:6, 99:9; 2 Cr 29:28

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A Pastora Regiane Vargas é uma mulher que vive sua vida em favor de sua família e, acima de tudo, em servir a Deus. Trabalhando em conjunto com seu marido, ela pastoreia e ministra vidas, sempre dedicada àqueles que Deus coloca em seu caminho. Seu principal objetivo é edificar o Corpo de Cristo e ajudar a todos a alcançar a Plenitude de Cristo, como mencionado em Efésios 4:13. Para isso, ela criou os Estudos Cristãos e dedica-se a eles com amor e carinho. Com sua dedicação e amor por Deus, a Pastora Regiane Vargas tem sido uma inspiração para muitos em sua caminhada espiritual. Ela tem um coração bondoso e compassivo e sempre busca ajudar aqueles que precisam de apoio e orientação. Sua contribuição para a comunidade cristã é inestimável e ela é um exemplo de serva fiel de Deus.

2 COMENTÁRIOS

  1. Ministro de música

    1. Toda pessoa tem o sagrado direito de frequentar os cultos e atividades da igreja e de sentir-se muito feliz, sereno, confortado, em qualquer idade.

    2. O ouvido tem alta sensibilidade e suporta confortavelmente, por uma, duas horas, no máximo, 50 decibéis. Passou disso, além do mal que faz à saúde, incomoda muito.

    3. Todo instrumento pode ser usado no louvor, com inteligência, mesmo sabendo que há aqueles próprios para o culto.

    4. Culto não é show.

    5. Não existe hino ou música velhos.

    6. É preciso selecionar hinos próprios para cada ocasião, com mensagem, poesia, melodia, harmonia, ritmo. Ritmos assincrônicos desorganizam a química cerebral. Derrubam pessoas e até muros. Josué 6:20 Juízes 7:18

    7. Fundo musical durante o culto não pode interferir, desconcentrar, incomodar; use-o com muita inteligência. Ninguém suporta um teclado dedilhado pra lá e pra cá, aleatoriamente. Se for um hino próprio para a ocasião, baixinho, tudo bem, mas notas soltas…nem pensar.

    8- A música tem o poder de mobilizar as estruturas mentais.

    9- Culto animado não é sinônimo de barulho. Reverência, participação, adoração, comunhão, consagração, dedicação, apontam para o equilíbrio. O templo não é um lugar sombrio, triste, com silêncio sepulcral, é um espaço de alegria, louvor, transformação, decisões.

    10- Se você faz parte da equipe de músicos, nunca fique se distraindo e brincando com os instrumentos no altar, após o culto.

    “E Quenanias, príncipe dos levitas, tinha cargo de entoar o canto; ensinava-os a entoá-lo, porque era entendido nisso.” 1º livro de Crônicas 15.22.

    Ivone Boechat

  2. A influência da música na saúde mental
    Ivone Boechat

    A música se destaca dentre as expressões artísticas, desde os primórdios da narrativa bíblica. No século VI a.C, Pitágoras afirmava: “A música e a dieta são os dois principais meios de limpar a alma e o corpo e manter a harmonia e a saúde de todo organismo”.
    Nada no planeta escapa aos efeitos da música. Ela interfere em tudo: na digestão, na produção de secreções, na circulação sanguínea, nas batidas cardíacas, na respiração, na nutrição e nas inteligências.
    O alemão Tartchanoff, especialista nos fenômenos cerebrais, provou que “A música exerce poderosa influência sobre a atividade muscular, que aumenta ou diminui, de acordo com o ritmo, o volume, o estilo”. Os sons são dinamogênicos, isto é, aumentam a energia muscular em função de sua intensidade e ritmo. Ou o inverso: a música pode paralisar. O uso errado da música encurta a vida e, corretamente usada, ajuda a preservá-la. As batidas cardíacas podem ser reguladas ou transtornadas pelos sons musicais. O rock, por exemplo, faz mal à saúde física e mental, e vicia tanto quanto qualquer droga química. Um rock-dependente submetido a um tratamento de desintoxicação mental demora muito para curar a desarmonia no seu metabolismo.
    Já os ritmos harmoniosos são estimulantes, sedativos, ajudam a recuperar o sono e fixam a memória. A medicina usa a música na terapia de partos, cirurgias, tratamentos dentários etc. Empresas de saúde entretêm pacientes em sala de espera com música suave, neutralizando a ansiedade.
    Médicos de Los Angeles, EUA, selecionam músicas para relaxar no tratamento de pacientes com dores. No Brasil a música é usada na assistência a doentes terminais.
    Há muito se sabe que a música estimula a produção no trabalho. Em restaurantes, se inteligentemente usada, ela estimula o apetite, o romantismo, a confraternização, as comemorações. Nos quartéis, desperta o espírito cívico. A Bíblia conta, por exemplo, que o rei Jeosafá usou um grandioso coral e uma banda de música para intimidar o inimigo (II Cr 20). Ganhou a batalha!
    Shakespeare dizia que a música: “Presta auxílio a mentes enfermas, arranca da memória uma tristeza arraigada, arrasa as ansiedades escritas no cérebro e, com seu doce e esquecedor antídoto, limpa o seio de todas as matérias perigosas que pesam sobre o coração”.
    Para cada ambiente há ritmos, sons e volumes apropriados. Porém, o volume acima de 60 decibéis, segundo órgãos internacionais de saúde, pode causar espasmos e lesões cerebrais irreversíveis. Mais de 90 decibéis, e o excesso sonoro e rítmico calcificam parcialmente o cérebro, bloqueando a memória. A mensagem externa não pode ser gravada, porque a química está alterada pelo excesso de adrenalina.
    A epilepsia musicogênica resulta do excesso de ruídos musicais, incluindo convulsões. A lesão produzida pelo mau uso do som pode até matar, se a vítima não for adequadamente tratada. Desde o quarto mês de gestação, os bebês já podem perceber a agressão externa pela inteligência corporal. A ansiedade de uma grávida onde o som ultrapassa os limites humanos de segurança é percebida e registrada pelo feto.
    Hoje, muitos jovens têm problemas de audição comuns em idosos, o que explica o volume exagerado de músicas em festas e cultos. Isso leva a sons cada vez mais altos. Outros efeitos negativos são irritabilidade, memória confusa, baixa aprendizagem, baixa autoestima, insônia, cefaleia, vômitos, impotência, morte etc.
    Na Alemanha, um estudo revelou que 70 decibéis sistemáticos de “música” causam constrição vascular – mortal, se as artérias coronárias já estiverem estreitadas pela arteriosclerose. Quem usa marca-passo deve fugir desses ambientes! É comum o mal-estar súbito em pessoas durante festas em que a música, ao invés de ser um bem passou a ser arma. É uma questão de saúde pública!
    Se usada com equilíbrio, a música sensibiliza, entusiasma, fortalece a memória, consola, tranqüiliza, desperta a atenção, mobiliza inteligências…
    A música deve ser usada inteligentemente, como recomenda um dos maiores músicos da antiguidade, Rei David: “ Pois Deus é o Rei de toda a Terra; cantai louvores com inteligência.” Sl 47:7 .
    Nos céus de Belém, anjos cantaram naquela noite em que a Internet de Deus se abriu à humanidade, em sons harmoniosos e o data-show celestial revelou “… novas de grande alegria…” Lc 2:10

    Extraído do livro A família no século XXI 1ª edição Reproarte 2001 RJ

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